sexta-feira, 25 de março de 2011

8ª ROMARIA PELAS ÁGUAS

































A 8ª Romaria pelas Águas
ou como querem os amigos,
"Caminhada pelas Águas"
aconteceu em clima de festa cultural. O tema foi A Vida pelas Águas na Cidade com a música Planeta Terra, CD: Planeta Terra, da cantora Vera Lúcia. Teve muita gente e apoio da Polícia Militar e Polícia Ambiental Mineira. O tema A Vida pelas Águas na Cidade é coincidente com o concurso da ONU para as águas, ainda este ano. O cidadão pelas águas é recebido pelo presidente do Núcleo Permanente de Estudos Ambientais-NUPEM, Cristiano Antunes Rodrigues e fala ao microfone. Em seguida o professor Hugo e a madrinha do NUPEM, cientista Professora Doutora Izabel Teixeira Ribeiro do Vale que enaltecem o evento. Prefeito Dr. Sérgio Arlindo Cerávolo Paoliello como participante do movimento, o secretário municipal de meio ambiente Antonio Durante e o colega advogado José dos Reis segurando uma cartolina alusiva ao evento. Faixas em cima do caminhão, o cidadão pelas águas circula com o povo ao lado do professor e tradutor Júlio César Gonçalves. As demais fotos demonstram o clima de alegria entre os participantes.

Além do reencontro com a madrinha do NUPEM coincidiu nos bastidores políticos com o anúncio feito pelo Dr. Sérgio Arlindo Cerávolo Paoliello, que transferirá a administração do Parque Municipal Carolina Anderson para o NUPEM. O projeto da gestão ambiental ficará a cargo da BIOMA - Assesoria & Licenciamento Ambiental com detalhamento da flora, fauna, qualidades edáficas e recursos hídricos do local a começar em abril.

Serão criados territórios de gestão no interior do parque para revitalizá-lo incluindo APPs, vegetações ciliares de córregos e nascentes e a criação de um horto bioflorestal com espécies locais. O foco das vegetacionais será espécies nativas de cunho exótico, aromático e medicinal. Aliás, as espécies aromáticas e medicinais se constituem instrumento de estudo do cidadão pelas águas.
Fotos: www.muzambinho.com.br

quinta-feira, 24 de março de 2011

A cidade de Jundiaí, interior de São Paulo contribui com grande exemplo na questão das águas. No VI Fórum Água em Pauta não só atraiu pessoas de vasto conhecimento e renomado saber na gestão ambiental como deu exemplo de organização. A Prefeitura escalou um cartel de altíssima qualidade representado pelos Secretários Municipais amparados por pessoas que não tinham tempo a perder com churumelas. Painelistas da UNICAMP,FAPESP,Câmara de Comércio BRASIL/CHINA, Carta Capital dentre outros agentes da mídia que veiculam e se interessam pela sustentabilidade ambiental, não apenas como economia de mercado, mas, como responsabilidade social, independentemente, da gulodice empresarial financista. Enfim um evento bem planejado que nos dá orgulho. De olho no convite para o próximo evento.
Cobertura em http://portalimprensa.uol.com.br/forumaguaempauta/noticias.php

domingo, 20 de março de 2011



Sábado, dia 26, às 20h30
apague as luzes e ajude
o Planeta Terra continuar vivendo.


www.horadoplaneta.org.br

sábado, 19 de março de 2011

PARA PEQUENOS A RESERVA FLORESTAL LEGAL É VANTAGEM AMBIENTAL E ECONÔMICA TAMBEM

O agricultor João Carlos Wincler estava a ponto de desistir da lavoura e da criação de gado de leite no Sítio da Alvorada, em Capela do Alto (SP). O terreno é declivoso e a cada chuva ele via brotar a erosão, que abria sulcos no mandiocal e acabava com o pasto. “A mina de água secou e tivemos de dar água da torneira para o gado.” Wincler e os três irmãos herdaram do pai a propriedade de 14,5 hectares e não tiveram o cuidado de evitar que o gado pisoteasse a pequena mata do sítio. A capoeira de 3,6 hectares estava sendo dizimada, além da erosão.


Em Casa Branca (SP), o agricultor Odair Mira investe em uma área de reserva legal no sítio no qual é sócio com o irmão. “Não quero ter problemas com a lei e, além disso, sempre adotei práticas conservacionistas, como curvas de nível”, diz Mira, que possui 48 hectares e cultiva milho e feijão. Para preservar 20% da área, ele abriu mão de parte do pasto, agregando-o a um trecho de mata. “Retirei os animais e cerquei a área. Fiz um projeto de reflorestamento, mas ainda não sei quanto vou gastar.” Ele conta que há seis anos, dentro do programa de microbacias do governo estadual, obteve R$ 5 mil de financiamento para investir na preservação. “Comprei calcário, cerca, arame, mourão, mudas, tudo com recursos desse projeto. Plantei 500 mudas que hoje ajudam a compor a área de reserva”, diz. “Nunca mais tive problema com erosão.” Mesmo sabendo que a reserva não dará retorno imediato, ele acredita que o investimento trará outro ganho, já que o sítio está em área de microbacia e é cortado por um córrego que ajuda no abastecimento de água de vários produtores. “Na seca, o córrego some”, diz. “A reserva deve nos ajudar a ter água o ano todo.” Na região, muitos produtores cultivam feijão e adotam a irrigação por pivô. Mira acredita, porém, que 20%, para um pequeno produtor, é muita coisa. “Se plantando alguma coisa já é difícil ter lucro, imagine abrir mão de 20% de área? Não adianta só o produtor preservar a mata. Cada um precisa fazer a sua parte.”
Fernanda Yoneya, In: Pequenos produtores mantêm reserva legal, com vantagens ambientais e econômicas. Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2011/03/03/pequenos-produtores-mantem-reserva-legal-com-vantagens-ambientais-e-economicas/ Acessado em: 19/03/2011
Foto de Epitácio Pessoa/AE.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sábado, dia 26 de março de 2011, das 20h30 às 21h30 será a “Hora do Planeta”. Um ato simbólico de iniciativa do WWF que reúne empresas, governos e o povo preocupados com o aquecimento global.

Estima-se que no ano de 2010 mais de um bilhão de pessoas em 4.616 cidades mantiveram as luzes apagadas por uma hora. Um gesto simples que tem tudo a ver com o alcance da consciência ambiental.

www.horadoplaneta.org.br/index.php?p=home

sábado, 5 de março de 2011

Os fundos de vales e o entorno dos cursos d’águas são considerados pela Legislação Ambiental brasileira como Áreas de Proteção Permanentes – APPs e pela lei não deveriam ser locais de edificações. Nas áreas urbanas a realidade tem sido outra pelo modelo de ocupação do solo até hoje adotado. Normalmente estas áreas são o que muitas vezes sobrou à população sem recurso como área para ocupação, estando então irregular e sujeitas a todos os riscos ambientais imagináveis. Lixo e esgoto têm como destino estas áreas que se tornam, com o tempo, insalubres e repletas de vetores de doenças, sendo então, desprezadas pelos moradores e pelos entes da gestão pública.

Uma das soluções para salvar estes cursos d’águas remanescentes nas áreas urbanas de maneira sustentável é a implantação de parques lineares. Estes parques podem solucionar o problema a partir de uma nova maneira de ver a ocupação dos fundos de vales: um espaço onde a água é uma aliada de destaque na solução integrada com os aspectos ambientais, sociais, econômicas e culturais.

Não se pode tratar um parque linear apenas como solução para a área restante pela falta de planejamento do uso e ocupação do solo. Também não se pode entender o linear como um lugar de linhas retas de concreto. Quando isto acontece, a água normalmente é encarada como o estorvo e não como a estrela solução e o resultado são as avenidas sanitárias, tendo as pistas de tráfego motorizado como destaque e o rio fechado, aprisionado em gabiões de concreto e similares. Um parque linear tem que ser tratado como a área que ladeia os cursos d’água restaurando sua importância ambiental e paisagística e como espaço de convivência com a natureza.

Claro que o parque linear para cumprir sua função social poderá incluir equipamentos de lazer que atraiam a população e seja por esta considerada um lugar de valor. Estes equipamentos, porém, não podem ser o destaque e o objetivo final. È necessário que estas infra-estruturas sejam encaradas sob a ótica de ferramentas para a educação ambiental e para o resgate dos cursos d’ água como parte integrante da vida das pessoas, promovendo o ‘religare’ com a natureza.

Trilhas ecológicas de caminhadas e corridas, lagos, pontes, fontes, quiosques, decks,praças, anfiteatros e quadras esportivas para serem inseridos devem considerar que eles são o adendo ao ator principal que é o curso d’água ali remanescente. Este curso d água ao ser considerado na sua importância para a vida, e em si mesmo fonte de vida e biota específica, deve receber tratamento para que sejam restauradas as suas funções e características naturais. Mais do que obra de engenharia civil ele necessita de obras da engenharia ambiental, de ações transdiciplinares para aplicação dos conhecimentos da hidrologia, da botânica, da biologia e da ecologia dentre outras.

A fauna e a flora locais devem ter privilégio na recomposição paisagística e dos ecossistemas. Na natureza original estas vegetações compõem cenários de rara beleza que fazem parte do nosso imaginário. Nestes ambientes naturais a fauna encontra refúgio, local de reprodução e alimento e são promotoras da biodiversidade. A recuperação deste modelo natural tem que ser prerrogativa para se aliar ao paisagismo de jardins, recantos bosques, caramanchões, hortas medicinais e aos equipamentos de lazer. Isto significa que se ainda existentes, as áreas que permaneceram naturais devem assim ser conservadas e inseridas como parte do projeto de paisagismo. É só colocar a cabeça para pensar e a solução aparecerá como que natural.

Atividades de mobilização, educação ambiental, de civilidade e cidadania devem estar integradas à sua implantação de forma a conscientizar à população da importância do parque e da necessidade de que determinados cuidados e hábitos devem ser adotados por todos para que o lugar seja “o Parque” – um pequeno paraíso para todos. Um espaço de convivência e lazer em contato com a natureza dentro do espaço urbano.

Esta visão paradisíaca dos parques lineares, não é apenas sonho. È uma possibilidade real a partir da mudança da percepção, do imaginário e da mudança de mentalidade dos cidadãos. Um espaço como este irá valorizar o fundo de vale e as áreas do entorno. Criará espaço de convivência agradável e promoverá a manutenção da biodiversidade podendo ainda cumprir a função de corredores ecológicos e ser uma ferramenta para a sustentabilidade da vida no meio urbano. Você já imaginou se todos os cursos d’água da sua cidade fossem tratados como áreas importantes e não como terrenos baldios? Se as nascentes fossem respeitadas e consideradas como espaço a ser protegido e reverenciado. Se lagos e lagoas fossem fontes piscosas ou de embelezamento do entorno? Se as cachoeiras fossem junto com os cantos dos pássaros os sons privilegiados para as margens dos rios? Pode pensar. Construa este imaginário e ponha esta idéia para correr entre os seus, mobilize para que estes parques de vida se tornem realidade no seu entorno.

Procópio de Castro*, In: Parque linear: a água como destaque na revitalização de rios no espaço urbano. Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2011/03/02/parque-linear-a-agua-como-destaque-na-revitalizacao-de-rios-no-espaco-urbano-artigo-de-procopio-de-castro/ Acessado em: 05/03/2011

*Presidente do Subcomitê do Ribeirão da Mata e Mobilizador do Projeto Manuelzão/UFMG
Conselheiro da APA Carste de Lagoa Santa e dos Parques Estaduais do Sumidouro e do Serra Verde